Dicas e Conselhos
Vacinação de cães
Vacinação de gatos
Desparasitação
Microchip (identificação electrónica)
Esterilização
Viajar para o estrangeiro
Encontrei um cão/gato perdido. E agora?
Encontrei um animal selvagem ferido. E agora?
Folhetos Cat Friendly Clinic
Informações Fear Free

Vacinação de cães
Os cães devem ser vacinados contra a Raiva (obrigatória por lei) e para um conjunto de doenças infeciosas que podem ser prevenidas ou minimizadas. As vacinas essenciais, sempre indicadas, são as da parvovirose, da esgana e da hepatite canina. Na nossa região é ainda recomendada a proteção contra a leptospirose e, nalguns casos, contra a tosse de canil, a leishmaniose ou a febre de carraça.
As primeiras vacinas são administradas, genericamente, a partir dos 2 meses de idade. Devem levar várias doses enquanto jovens, sendo muito importante que a última seja após as 16 semanas de idade.
Quando perfazem um ano de idade é feito um reforço e, enquanto adultos, as revacinações podem ser anuais ou, nalgumas doenças como a parvovirose e a esgana, com outra periodicidade (neste caso cada 3 anos).
As vacinas são muito seguras e só com as mesmas se conseguem prevenir eficazmente doenças fatais ou que se transmitem às pessoas!

Vacinação de gatos
Os gatos devem ser vacinados contra um conjunto de doenças infeciosas que podem ser prevenidas ou minimizadas. As vacinas essenciais, sempre indicadas, são as da panleucopénia, do herpesvirus felino e do calicivirus (estes 2 últimos provocam a “coriza” ou “constipação dos gatos”). No caso de gatos com acesso ao exterior pode ainda ser indicada a proteção contra o Vírus da Leucemia Felina (FeLV) e, caso necessitem de viajar para o estrangeiro, a vacina da Raiva.
As primeiras vacinas são administradas, genericamente, a partir dos 2 meses de idade. Devem levar várias doses enquanto jovens, sendo muito importante que a última seja após as 16 semanas de idade.
Quando perfazem um ano de idade é feito um reforço e, enquanto adultos, as revacinações podem ser anuais ou com outra frequência, dependendo do risco.
As vacinas são muito seguras e só com as mesmas se conseguem prevenir eficazmente doenças para a vida ou fatais!

Desparasitação
Tanto os cães como os gatos devem ser tratados periodicamente de forma a prevenir parasitas externos e internos.
As carraças e pulgas, para além de incomodativas, são transmissoras de doenças muito graves tanto para o animal como para quem contacta com os mesmos. Também os insectos voadores, como mosquitos e flebótomos, estão na origem de doenças que podem ser fatais, nomeadamente o verme do coração e a leishmaniose. Os ácaros transmitem as sarnas, por vezes muito contagiosas para as pessoas. Existem tratamentos e prevenções com diferentes eficácias para estes parasitas externos, seja na forma de coleiras, pipetas, comprimidos ou até injeções anuais.
As lombrigas e ténias intestinais surgem da ingestão de ovos e formas larvares nos ambientes contaminados ou pequenas presas e alimentos. Nos cachorros e gatinhos é ainda frequente serem contaminados através do leite materno, podendo ter verdadeiras infestações com perigo para a sua vida. A desparasitação interna é a melhor forma de os proteger e reduzir a contaminação do ambiente, protegendo igualmente as crianças e demais pessoas que utilizam os mesmos espaços onde os animais vivem e passeiam.
Os desparasitantes são essenciais para combater as doenças zoonóticas (que se transmitem também às pessoas) e reduzir as infeções causadas por parasitas nos nossos amigos caninos e felinos.

Microchip (identificação electrónica)
O microchip é um pequeno dispositivo eletrónico, implantado por debaixo da pele, que não emite radiação e é inerte para o organismo dos animais. Quando é passado um leitor próximo é refletido um código, que está associado ao animal e à pessoa por ele responsável.
Em Portugal é obrigatório que cães e gatos a partir dos 4 meses de idade tenham um dispositivo destes. A base de dados que gere os dados associados chama-se SIAC e o registo na mesma é feito pelo médico veterinário que aplica o microchip, sendo emitido um documento comprovativo: o DIAC.
Ter um animal identificado é ter garantias de que mais depressa chega a si caso se perca!

Esterilização
A esterilização é o procedimento que impede a reprodução de um animal.
A esterilização por cirurgia nos machos (castração) consiste essencialmente na remoção dos testículos. Impede não só a reprodução, mas reduz igualmente os comportamentos sexuais masculinos, ao baixar substancialmente a hormona da testosterona em circulação.
Nas fêmeas, quando feito por cirurgia (ovariohisterectomia / ovariectomia), são retirados os ovários e uma parte ou a totalidade do útero, consoante a técnica utilizada. Com a redução das hormonas sexuais femininas em circulação não voltam a ter o cio, nem alguns dos comportamentos secundários como a gravidez psicológica. Ficam também sem capacidade de terem crias, sendo esta uma forma de evitar a natalidade não desejada.
Existem situações em que poderão ser consideradas alternativas não cirurgicas, de forma temporária, utilizando um implante hormonal por baixo da pele. Já a utilização de “pilulas” de forma oral ou injetável não são recomendadas pelos graves efeitos secundários que podem provocar.
A idade com que os cães ou gatos podem ser esterilizados inicia-se a partir dos 4 meses, mas consoante os casos pode estar indicado mais tarde. A recuperação é normalmente muito rápida: num animal jovem, frequentemente, em poucas horas está a fazer a sua vida normal.
A esterilização por cirurgia é um procedimento de rotina que, quando realizada com as condições necessárias, é muito segura. É a forma mais eficaz de evitar ninhadas indesejáveis!

Viajar para o estrangeiro
Viajar com um cão ou um gato para fora de Portugal obedece a alguns requisitos:
Se circular dentro dos países da União Europeia, para além do microchip devem ainda ser vacinados contra a raiva e ser acompanhados de um Passaporte de Animal de Companhia.
Se for para um outro país podem existir outro tipo de requisitos, como seja a necessidade de desparasitar com um produto específico, emitir um certificado sanitário ou realizar análises sanguíneas com alguns meses de antecedência.
Garanta que o seu animal está conforme, para evitar que seja bloqueado na fronteira ou ser sujeito a medidas como a quarentena!

Encontrei um cão/gato perdido. E agora?
Idealmente o primeiro contacto deverá ser com a autoridades de saúde animal concelhia (Médico Veterinário Municipal) onde o encontrou. Irá ser verificado se está identificado e registada a situação, com o acompanhamento para o seu responsável, ou em alternativa a sua adoção posterior, frequentemente com a colaboração de associações zoófilas.
Caso esteja inacessível, tem como alternativa as autoridades de segurança, tanto a PSP como a GNR (através do SEPNA). Se ainda assim teve dificuldades em ser ajudado contacte a linha SOS Ambiente (808 200 520) e reporte a situação.
Caso o animal esteja ferido num local com perigo imediato, desde que possível, transporte-o para um local seguro, utilizando uma manta ou toalha a envolvê-lo. De seguida telefone a um médico veterinário nas redondezas, para lhe dar informações e receber instruções. Não se esqueça que um animal, por mais amistoso que seja, poderá defender-se e morder / arranhar quando ferido e assustado!
Um animal perdido não é um caso perdido! Privilegie as formas de atuar previstas na lei para uma maior segurança na resolução do caso e melhor proteção futura para o animal em questão.

Encontrei um animal selvagem ferido. E agora?
Existem animais selvagens que são protegidos e outros que não. Consoante o caso, assim devemos contactar autoridades diferentes e procurar ajudá-las: seja transportando esse animal para o local indicado, seguindo as instruções dadas; seja protegendo-o até que um vigilante da natureza ou autoridade adequada chegue ao local. No caso de crias, se não estiverem feridas e conseguir identificar os progenitores perto, o mais indicado é mesmo deixá-las no local ou colocá-las a salvo de predadores (ex: local alto para crias de aves).
Nunca devemos tentar recuperar / criar um animal silvestre sem antes contactar os serviços de proteção da natureza. Esse animal pode pertencer a uma espécie em vias de extinção, estar ao abrigo de um programa de controlo ou até ser portador de uma doença grave e transmissível.
Os contactos mais indicados são a linha SOS Ambiente (808 200 520), ou o SEPNA do posto da GNR mais próximo do local.
A melhor ajuda para um animal selvagem ferido é conseguir que seja assistido por quem mais sabe sobre eles!
